quarta-feira, 18 de abril de 2012

Coisa de menino. Coisa de menina.

Na escola do Teteu e da Lua tem balé e judô. É o dia preferido da dupla. A Lua coloca a sainha rosa, o tule no cabelo, a sapatilha na mochila e vai toda toda para a aula.
Enquanto as meninas fazem balé os meninos fazem outra atividade em sala e mais tarde todos se encontram para juntos fazerem o judô. Mas o Matheus tava meio incomodado: Porque as meninas fazem judô e os meninos não fazem balé? E observando a satisfação da Lua ele disse que queria ir no balé.
Essa conversa dele durou umas duas ou três semanas então falei com a professora e ela disse que meninos podem participar da aula, apenas não tem meninos por falta de procura (e por falta de estímulo, afinal os meninos fazem outra atividade durante o balé das meninas).
Então.... hoje o Matheus fez a aula de balé.
A professora disse que ele participou o tempo todo e saiu feliz da vida. Diz ele que quer ir de novo.
Well... xô preconceito, meu filho gostou do balé!

Gagueira

Gente o Matheus tá aflito, ele tá se enrolando todo pra falar.
A pa-pa-palavra não sai e ele trava, fica todo nervoso e aí que não sai mesmo.
Tento ajudar, peço para ter calma, respirar e tentar de novo.
Alguém tem alguma dica sobre como posso ajudá-lo a passar por essa fase chata?

domingo, 15 de abril de 2012

A vida... e a morte

Quando a morte de alguma forma chega perto me coloco em um estado reflexivo sobre a fragilidade da vida. Seja uma grande tragédia coletiva ou a partida de uma pessoa conhecida, a passagem repentina é algo que nos paralisa, que nos choca. E penso que nos choca porque nos coloca frente a frente com o inevitável.
Tanto no caso do acidente de avião anos atrás, quanto no caso do parente distante que faleceu essa semana eu me pergunto: Em que momento da vida essas caminhadas foram interrompidas? Essas pessoas fizeram a sua vida valer a pena? Essas pessoas deixaram desafetos? Deixaram um amor? Essas pessoas deram um beijo de bom dia antes de sair de casa? Deixaram contas para pagar? Ou um café marcado com alguém para o dia seguinte?
Certamente muitos assuntos estavam em aberto porque ninguém sabe quando é o último dia. Claro que não é possível viver o dia de hoje "como se não houvesse amanhã", mas levar em conta essa possibilidade pode nos ajudar a avaliar o que vale a pena ou não. Sair de casa brigado com alguém, deixar de aproveitar um dia de sol com a família para ficar em casa no computador ou na TV, se deprimir ou se revoltar com assuntos dos quais as soluções estão fora do seu alcance, permitir que algo te consuma ao ponto de outras coisas tão ou mais importantes da vida fiquem em segundo (ou terceiro, ou quarto) plano. De nada adianta um dia chorar sobre um caixão, o que queremos fazer/dizer/viver deve ser feito em vida.
Um dia eu li - não lembro onde - que todos os dias devemos fazer algo que seja realmente importante, algo por menor que seja, que faça aquele dia valer a pena (...fazia tempo que eu não lembrava disso).
Enfim... o fato é que a vida é frágil e logo ou daqui a muitos anos o último dia vai chegar provavelmente sem anúncio, sem marcar hora e sem dar tempo para despedidas, pedidos de desculpas e para aquele café que sempre fica para qualquer dia desses.
Não é possível viver como se não houvesse amanhã, mas também não é prudente viver como se o último dia nunca viesse bater na nossa porta.

"Eu sei que todos os dias quando eu acordo Deus dá um sorriso e me diz: Estou te dando a chance de tentar de novo." (Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Beleléu e o bico

Nessa semana ganhei um ajudante que fez uma diferença danada aqui em casa: o Beleléu. Ele chegou aqui em casa na forma de um balão verde com um rosto desenhado com pincel atômico e uns fios de lã no topo fazendo o cabelo.
A professora contou que o Beleléu é um monstrinho verdinho, gordinho e bonzinho que gostava muito de brinquedos, então quando ele encontra brinquedos fora do lugar ele leva pra casa dele para brincar (claro que os pais precisam ajudar nessa parte, mas aqui não foi necessário). Sei que o tal bendito Beleléu tá com um ibope danado aqui em casa e estamos experimentando uma ordem inédita! Eu não preciso nem falar nada... eles brincam e depois entre eles "vamos guardar para o Beieiéu (segundo o Matheus) não pegar os brinquedos!"
Fantástico! Obrigada professora Mari!
E o bico (chupeta)? A Lua largou fazem uns 3 meses e o Matheus (que sempre foi super apegado ao bico) esqueceu dele acho que a aproximadamente um mês. Sim, eles simplesmente pararam de pedir, sem trocas, sem  negociação, aconteceu por eles e no tempo de cada um. Eu atribuo a escola... não houve qualquer incentivo, mas eles estão "ocupados" com a escola, mentalmente ocupados e realmente esqueceram do bico.
Ponto pra vocês filhotes! Parabéns.... cada um no seu tempo largaram o amigo bico!